Mamãe é trabalhadora sexual! (ou: o dia em que tudo mudou)
Escritora inglesa conta como descobriu que sua mãe era trabalhadora sexual e como passou a abraçar essa ideia.
Read MoreEscritora inglesa conta como descobriu que sua mãe era trabalhadora sexual e como passou a abraçar essa ideia.
Read MoreNunca é demais iniciar nossos textos aqui no mundoinvisível.org reafirmando, exaustivamente, que trabalho sexual é trabalho. Esse é um dos caminhos que entendemos como importantes para o combate ao estigma e à desinformação. Também é válido registrar que o trabalho sexual abarca uma série de atividades – prostituição, produção de conteúdo, atendimento virtual, serviços de acompanhante etc. Cabe dizer, entretanto, que é importante respeitar o autorreferenciamento das pessoas – o que significa que há de se levar em conta se elas se percebem ou não enquanto alguém que exerce um trabalho sexual, antes de impor o que pensamos a respeito.
Read MoreTrabalhadora sexual discute a conduta deplorável do New York Post.
Read MoreJornal de direita é criticado até por deputada norte-americana.
Read MoreA esta altura do ano passado, eu era uma abolicionista da prostituição. A favor da Lei do Comprador de Sexo (também conhecida como Modelo Nórdico) e contra a indústria do sexo. Então, mudei de ideia. Diga Não ao Modelo Nórdico.
Read MoreSegregação: dos negros, trans, homoafetivos, prostitutas… Somos tantos segregados, com histórias diferentes, mas dores muito semelhantes. E está na hora de fazer a diferença.
Read MoreFato: a censura sexual é um mercado lucrativo em ascensão. Grandes empresas do Vale do Silício, como Facebook, Twitter, Snapchat se associaram a uma única organização de combate ao tráfico sexual cujos métodos são duvidosos. A Thorn mantém um canal de coleta de dados e ajuda as autoridades a fiscalizar e rastrear profissionais do sexo sem o seu consentimento.
Read MorePasseando pelos textos e comentários internet afora, observo que sempre no auge das indignações os autores escrevem “filho da puta”. Aliás, nas tretas da vida, toda a vez que se quer ofender, humilhar, rebaixar alguém, o chamam de “filho da puta” – como se fosse “imoral” ser filho daquela que sai de casa todos os dias para prestar seu serviço, trabalhar como qualquer outra trabalhadora para sustentar casa e família e assim, tentar dar aos seus a dignidade que a sociedade hipócrita e cruel insiste em dizer que não temos, por sermos putas.
Read MoreÉ necessário para a manutenção do patriarcado que a prostituição seja sempre vista como a pior ocupação para uma mulher.
Se fosse diferente cada vez mais mulheres estariam do lado de cá, negando aos homens algo que eles sempre exigiram de graça, com sorriso no rosto, casa limpa e comida pronta. Isso quando não tomam de nós à força.
Laura Lee
Você pode se reconhecer em algumas das coisas que estou prestes a dizer. Você pode não se reconhecer completamente – em todo caso, obrigada, amigo. Estou enormemente inspirada em Panti Bliss e seu maravilhoso filme “Rainha da Irlanda”, em sua luta pelo casamento igualitário para a comunidade LGBT e quero mostrar meu reconhecimento.
Hoje em dia, se revelar uma trabalhadora sexual é como se revelar um homossexual nos anos 1970, mais notadamente na Irlanda. Eu experiencio de tudo, da inquietação à minha volta até medo, ódio explícito e violência aberta. Putafobia, e o estigma intrínseco, podem matar.