2 de junho: dia internacional das trabalhadoras sexuais
Confira algumas atividades programadas para o Puta Dei no Brasil e no mundo.
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Ler maisHeloísa Melino
As prostitutas que conheci/conheço são putas. Puta professoras, puta feministas, puta militantes e ativistas. Com elas aprendi muitas coisas – coisas que a universidade não me ensinou. Dentre as coisas mais importantes que aprendi, aprendi novas linguagens, novas formas de ativismo, aprendi força, garra, aprendi festividade, aprendi a gargalhar com coisas que eu não conseguia, aprendi que tenho que comer muito arroz com feijão e açaí pra se um dia quiser ter a disposição que tem Indianara Siqueira, Monique Prada, Amara Moira e outras mulheres cis e trans que tive o privilégio de conhecer.
Encontro em Porto Alegre será dia 9, uma semana depois do Dia Internacional da Prostituta, para garantir a presença de ativistas importantes de outras partes do país e com isso promover a integração e troca de experiências entre profissionais brasileiras e de outros países, como já fazemos há alguns anos.
Ler mais“Há 40 anos nascia o que se tornaria o grande evento fundador do movimento dos trabalhadores sexuais: revoltadas com uma repressão crescente, que as mandava para a prisão por sua mera presença em lugares públicos, as prostitutas de Lyon ocuparam a partir do dia 2 de junho a igreja de Saint Nizier, para protestar contra as prisões”, começa o documento que o STRASS publicou para celebrar o 40° Dia Internacional da Prostituta.
Ler maisTrabalhadoras sexuais do mundo todo estão reunidas desde este domingo em Lyon, na França, nos Encontros Internacionais dos Trabalhadores do Sexo, organizados pelo sindicato francês Strass. São dois dias de reuniões, debates, palestras e workshops, seguidos de uma manifestação convocada para terça-feira, dia 2, diante da igreja de Saint Nizier.
Essa manifestação será muito importante. Desde 1975, 2 de junho é o Dia Internacional da Prostituta. A data comemora a ocupação da igreja de St. Nizier, no centro de Lyon, por cerca de cem trabalhadoras sexuais que protestavam contra a repressão policial.
No Brasil, a prostituição não é crime. É uma atividade exercida por uma pessoa adulta e capaz. Não se usa e não se deve usar a palavra “prostituição” nos casos em que menores de idade estejam fazendo sexo em troca de dinheiro ou mercadorias; nesses casos, a expressão é “exploração sexual”. A exploração sexual é que é crime, seja quando vitima crianças e adolescentes, seja quando vitima prostitutas.
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