O peso de uma revista para trabalhadoras sexuais
James Hamblin
O que um grupo de ativistas pelos direitos das trabalhadoras aprendeu ao iniciar uma publicação, a revista $pread, para dar voz às pessoas na indústria do sexo.
James Hamblin
O que um grupo de ativistas pelos direitos das trabalhadoras aprendeu ao iniciar uma publicação, a revista $pread, para dar voz às pessoas na indústria do sexo.
Pandora Blake
No Dia Internacional da Mulher, “empoderamento” foi uma palavra que eu ouvi muito. Faz sentido – como feministas, sabemos que o poder não é distribuído de maneira justa e estamos preocupadas com aquelas estruturas opressivas. Mas fiquei decepcionada quando, como parte do Festival Mulheres do Mundo, na semana passada, o Woman’s Hour, da BBC, decidiu debater a questão “pode a pornografia empoderar a mulher?”. Essa pergunta não só depende de premissas equivocadas, que limitam a formulação do debate, como também erra o alvo.
Caty Simon entrevista Monica Jones
Em maio de 2013, Monica Jones, trabalhadora sexual e ativista pelos direitos das mulheres trans, além de estudante de assistência social na Arizona State University, foi acusada de “manifestação de prostituição” em Phoenix, depois de aceitar uma carona de um policial disfarçado. Sua prisão detonou uma tempestade de protestos contra o Projeto ROSE, um programa de afastamento das pessoas da prostituição por meio de detenções conduzido pela Escola de Serviço Social da ASU e pela polícia de Phoenix que utilizou detenções coletivas e transfobia naquelas prisões por prostituição; e a lei de “manifestação de prostituição”, potencialmente inconstitucional, sob a qual ela foi acusada. A ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis), o SWOP-Phoenix (Sex Workers Outreach Project) e outros ativistas pelas trabalhadoras sexuais e GLTB se solidarizaram com Jones à medida que ela ganhava atenção internacional ao contestar as acusações.
Juniper Fitzgerald
Eu pertenço a uma classe de pessoas conhecidas apenas como putas. Nossas sombras se derramam sobre paralelepípedos noturnos, nossas vidas existem em sobras de filmes de pernas e bundas. Somos sociopatas ou vítimas infantis, dependendo de para quem você pergunta. Nossas mortes são emolduradas por supostas evidências de passados excitantes, ainda que sujos; a violência contra nós é um exercício em inevitabilidade. E nas raras instâncias em que a prudência e a virtude nos permitem um respiro de intimidade não adulterada, mantemos um olho aberto por causa do medo de perder tudo.
Andree Lau
“Eu sei tricotar. Você quer que eu me sente aí e tricote?”, Alissa Afonina diz, com um sorriso que poucos chegam a ver. Estamos encerrando nossa entrevista, em seu apartamento na área de Vancouver, e precisamos de algumas imagens a mais. Perguntamos sobre o balanço erótico em um dos quartos. “É como uma rede. Posso me sentar nele e ler”, ela explica. Nós aceitamos sua sugestão de filmá-la amarrando suas botas pretas com plataforma de 6 polegadas, que sobem até suas coxas. Afonina, 23, é uma dominatrix profissional que trabalha sob o nome Sasha Mizaree. Ela é paga para assumir o controle de um cliente submisso – tipicamente masculino – em sessões de papéis sadomasoquistas.
Pela primeira vez a Justiça espanhola reconhece que o trabalho sexual é trabalho e as pessoas que o exercem têm direitos. Assim, o Tribunal Social número 10 de Barcelona abriu as portas para que as trabalhadoras sexuais obtenham os direitos sociais que elas tanto exigem. Veja a reportagem do El Mundo sobre o caso, que atraiu a atenção de toda a imprensa espanhola e internacional.
Read MoreE.J. Dickson
GoFundMe cancela sem aviso campanhas de crowdfundig do grupo Esplerp para financiar seu processo contra o procurador-geral da Califórnia e as leis sobre prostituição do estado. Agora, as trabalhadoras sexuais e seus aliados estão protestando nas redes sociais contra a atitude da GoFundMe, acusando a plataforma de crowdfunding de discriminação.
As companheiras da Rede de Trabalhadoras Sexuais do Equador dão o recado:
Enquanto decidires que parte de meu corpo é digna para trabalhar e sustentar minha família, enquanto decidires o comprimento de minha saia ou a transparência de minha blusa, enquanto por causa de tua moral meu trabalho seja clandestino e eu tenha de me afastar de meus filhos para que tua discriminação não os prejudique diretamente; enquanto enriqueceres com meu trabalho e meus direitos mais elementares sejam negados – não me digas que tenha um dia feliz.
Iaglasnost
Camilla. Separada. Mãe de dois filhos. Minha nacionalidade não é importante. Sou uma mulher adulta, ainda bonita e, depois de ter tentado em vão outro emprego, porque eu tinha contas para pagar, decidi colocar um anúncio em um site e comecei a receber telefonemas de clientes potenciais. Eu não tinha ideia de qual seria meu trabalho, mas eu sabia de qual realidade eu vinha.
A Associação de Mulheres Meretrizes da Argentina (Ammar) enviou nesta sexta-feira uma carta aberta à presidente Cristina Kirchner. Nela, pede uma entrevista pessoal para discutir os direitos postergados das mulheres trabalhadoras sexuais.
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