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2 de junho: dia internacional das trabalhadoras sexuais

Nesta terça-feira, 2 de junho, celebramos o 45° Dia Internacional das Trabalhadoras Sexuais, que no Brasil costuma ser chamado de Puta Dei. É um dia de luta, para lembrar a ocupação da igreja de St. Nizier, em Lyon, na França, em 2 de junho de 1975, por mais de cem trabalhadoras sexuais que protestavam contra as prisões arbitrárias e por condições dignas de trabalho. A ocupação durou dez dias e despertou a solidariedade da população local e o interesse da imprensa francesa. Mais do que isso, tornou-se um marco importante para a formação de organizações de defesa dos direitos das trabalhadoras sexuais no mundo todo.

A pandemia de Covid-19 está devastando com mais brutalidade as comunidades mais vulneráveis e com menos acesso a benefícios sociais e ajuda governamental. As trabalhadoras sexuais cis e trans estão entre as mais atingidas, por força da criminalização de sua atividade e do estigma social que cerca seu trabalho. E as organizações da categoria estão sendo duramente afetadas, de modo que neste ano as celebrações do 2 de junho estão reduzidas em comparação com outros anos.

Algumas organizações, porém, programaram atividades. A primeira delas, hoje às 19h20 (de Brasília), é uma transmissão do filme “As Prostitutas de Lyon Falam” (Les Prostituées de Lyon Parlent), de Carole Roussopolos – um documentário de 46 minutos que ela produziu em 1975 durante a ocupação da igreja de Lyon e que inclui várias entrevistas com as trabalhadoras que participavam daquela ação.

O evento é organizado pela SWAP Hamilton – Sex Workers’ Action Program de Hamilton, no Canadá, junto com a SWAN Waterloo – Sex Workers’ Action Network, de Waterloo, a Butterfly (rede de apoio a trabalhadoras sexuais asiáticas e migrantes, a Maggie’s (Toronto Sex Workers’ Action Project) a SWANS – Sex Workers Advisory Network Sudbury, a SafeSpace London e a Les Ami(es) de Stella.

Após a exibição do filme haverá um debate online com várias ativistas: Elene Lam, diretora-executiva da Butterfly, Jelena Vermillion, diretora-executiva da SWAP, Jaz, integrante da SWAN Waterloo, e Sandra Wesley, diretora-executiva da Les Ami(es) de Stella.

Para participar, entre aqui.

Também hoje, às 20h30 (de Brasília), a Aprosmig – Associação das Prostitutas de Minas Gerais promove uma live no Instagram com a participação de Cida Vieira, diretora da associação, e da psicóloga e educadora Mônica Lima.

Para participar, clique aqui.

A partir das 22h (de Brasília), a organização de trabalhadoras sexuais SIN, da Austrália, promove uma conferência via Zoom sobre o Dia Internacional.

Para participar, mande mensagem para info@sin.org.au.

Nesta terça-feira, as atenções se voltam primeiro para a África. A partir das 6h (de Brasília), em Nairóbi, no Quênia, a Keswa (Kenya Sex Workers Alliance) promove uma live sobre Acesso à Justiça com sua coordenadora nacional, Phelister Abdalla. Também participam Grace Kamau, coordenadora regional da Aswa (African Sex Workers Alliance), John Methenge, diretor-executivo da Hoymas (Health Option for Young Men Against Aids & STDs), Penniah Mwangi, diretora-executiva da BHESP (Bar Hostess Empowerment & Support Program) e Melba Katandi, advogada do Alto Tribunal do Quênia e consultora de direitos humanos.

Em Nova York haverá uma live das 13h às 15h (horário de Brasília), promovida por várias organizações.

Entre as participantes estarão a dominatrix Ashley Paige (âncora), TS Candy, da Black Trans News, uma ativista do Colectivo Intercultural TRANSgrediendo, Leila Raven, da DecrimNY, Ceyenne Doroshow, da GLITS, Yin Q, da Kink Out & Red Canary Song, Yulianna & Bianey Garcia, da Make the Road NY, Gizelle Marie, da NYCStripperStrike, uma representante da Organización Latina Trans NY, Raani Begum & Eve, da Philadelphia Red Umbrella Alliance, Esther K, da Red Canary Song, Lorelei Lee, da Hacking/Hustling, RJ Thompson, do Sex Workers Project at the Urban Justice Center, Red (em lugar de Alisha Walker), da Support Ho(s)e, Aneesha Andrews & Alisha King, do SWOP Bronx, e Molly Simmons & Fera Lorde, do SWOP Brooklyn.

Para participar, clique aqui.

Também amanhã, a internationalwhoresday vai disponibilizar seu zine de graça.

Na Alemanha – onde o trabalho sexual é legalizado, mas está sob ameaça por causa de um projeto de lei que prevê as criminalização dos clientes – há manifestações programadas para várias cidades, dentro da campanha #RotlichtAN. A programação está disponível aqui.