Autor: Renato Martins

PutaFeminismo

“Não me digas que tenha um dia feliz”

As companheiras da Rede de Trabalhadoras Sexuais do Equador dão o recado:
Enquanto decidires que parte de meu corpo é digna para trabalhar e sustentar minha família, enquanto decidires o comprimento de minha saia ou a transparência de minha blusa, enquanto por causa de tua moral meu trabalho seja clandestino e eu tenha de me afastar de meus filhos para que tua discriminação não os prejudique diretamente; enquanto enriqueceres com meu trabalho e meus direitos mais elementares sejam negados – não me digas que tenha um dia feliz.

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PutaFeminismo

O 8 de Março visto por uma trabalhadora sexual

Iaglasnost
Camilla. Separada. Mãe de dois filhos. Minha nacionalidade não é importante. Sou uma mulher adulta, ainda bonita e, depois de ter tentado em vão outro emprego, porque eu tinha contas para pagar, decidi colocar um anúncio em um site e comecei a receber telefonemas de clientes potenciais. Eu não tinha ideia de qual seria meu trabalho, mas eu sabia de qual realidade eu vinha.

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PutaFeminismo

O machismo e a competição feminina

Clara Lobo
Dias atrás, uma amiga me confidenciou ter ouvido, no vestiário do dojo de artes marciais que frequento, uma conversa de quatro moças sobre a minha pessoa. Elas comentavam que eu era uma vagabunda por ter feito sexo com um dos colegas. Puseram-se a enumerar meus outros defeitos: eu era feia, não tinha peito nem bunda… enfim, elas não entendiam o que o rapaz vira em mim. Duas delas namoravam colegas do dojo, o que, no meu parco e parvo entendimento, fez-me crer que elas também tivessem feito sexo com eles, mas quem sou eu para alegar tal similitude de ações se eu era indubitavelmente a vagabunda, enquanto elas, indubitavelmente, não?

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Direitos

“A pobreza é objetificante, degradante e punitiva”

A Universidade Aberta das Trabalhadoras Sexuais (SWOU, do Reino Unido) publicou uma declaração sobre o trabalho sexual, a questão da pobreza e o chamado Modelo Sueco de criminalização dos clientes. “Tem havido um movimento recente para criminalizar os clientes de trabalhadoras sexuais. Frequentemente, aqueles que defendem essa lei citam a pobreza como uma forma de repressão econômica, que empurra as pessoas a venderem sexo e retira suas escolhas.”

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