PutaFeminismo

“Não me digas que tenha um dia feliz”

As companheiras da Rede de Trabalhadoras Sexuais do Equador dão o recado:

Enquanto decidires que parte de meu corpo é digna para trabalhar e sustentar minha família, enquanto decidires o comprimento de minha saia ou a transparência de minha blusa, enquanto por causa de tua moral meu trabalho seja clandestino e eu tenha de me afastar de meus filhos para que tua discriminação não os prejudique diretamente; enquanto enriqueceres com meu trabalho e meus direitos mais elementares sejam negados – não me digas que tenha um dia feliz.

Que viva a mulher lutadora, a que resiste, a que se sobrepõe às adversidades que lhe impõe a sociedade patriarcal e que faz frente a elas com alegria. Que viva a mulher cujo trabalho dinamiza a economia de seu país e assegura o bem-estar de sua família. Que viva a mulher a quem séculos de moral vigilante e castigadora não venceram.

Que viva a trabalhadora sexual!